Evangélicos fazem ato em Brasília por liberdade religiosa e reúnem 40 mil pessoas

06-06-2013 18:35

Integrantes de grupos evangélicos tomaram o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, para manifestar pela liberdade religiosa, pela liberdade de expressão e pelos valores da família tradicional, na tarde desta quarta-feira (5). A organização do evento estima que 70 mil pessoas participavam do evento às 17h30. A Polícia Militar estimou o público em 40 mil pessoas.

 Durante o evento, um pastor foi expulso do palco porque portava uma bandeira colorida, símbolo da igreja pentecostal Quadrangular. Ao avistarem a bandeira formada por quatro quadrados de cores roxa, vermelha, amarela e azul – que lembra a do movimento gay, com as cores do arco-íris – os seguranças pediram que o pastor se retirasse. A assessora do pastor tentou intervir e houve confusão. Ele resistiu e foi retirado à força do palco pelos seguranças. O G1 tentou fazer imagens da retirada, mas teve que interromper a gravação por determinação dos seguranças.

Durante o evento, alguns defensores dos direitos dos homossexuais chegaram a bater boca com evangélicos. A polícia interveio e controlou a situação, contou a Polícia Militar.

 O Batalhão de Trânsito da PM fez bloqueios temporários nas duas vias do Eixo Monumental, no início do evento, por volta das 15h. Não foi registrado nenhum acidente até as 17h25. O trânsito ficou complicado pela chegada de fiéis e pela saída de funcionários dos ministérios.

Às 17h, cerca de 50 pessoas, entre parlamentares e líderes de diversas igrejas evangélicas de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais estavam no palco. O evento foi aberto pelo pastor Jabes de Alencar, da Igreja Assembleia de Deus do Bom Retiro, em São Paulo, com uma oração e a execução do hino nacional brasileiro.

Silas Malafaia
Durante o evento, o pastor Silas Malafaia, da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que o Brasil está confundindo liberdade com libertinagem, criticou o movimento gay e defendeu o direito de expressar a opinião sobre os homossexuais. “No Brasil se critica tudo, governadores, a polícia. Mas criticar a prática homossexual é homofobia”, disse.

"Quero ver o movimento gay botar 30 mil pessoas aqui no meio da semana”, prosseguiu. Segundo o pastor, o ativismo gay é "o fundamentalismo do lixo moral”. “Raça é condição. Você não pede pra ser negro ou branco. Mas homossexualismo é comportamento”, afirmou.

O pastor também se disse contra o aborto. “O feto não é prolongamento do corpo da mulher.” Ele terminou o pronunciamento com uma oração. “Livrai o Brasil da desgraça social, das leis que venham prejudicar esse povo. Pai, levanta a sua igreja unida. Nós concordarmos, o Brasil é do Senhor Jesus.”

Fonte: Globo